domingo, 10 de junho de 2012

Como aumentar a performance sem treinar demais!



 Ficou claro que esforço demais pode ter efeitos negativos.
Agora, um estudo da Universidade de Copenhagen (Dinamarca), publicado no periódico científico Journal of Applied of Physiology, concluiu que um novo método de treino aumenta a performance e a saúde de corredores, reduzindo pela metade o tempo total de treino.
Nesse caso, mais é menos. Ou seja, os atletas treinam por menos tempo, mas tem uma melhora significativa no desempenho e, surpreendentemente, na saúde.
Esse novo método de treinamento é chamado de “conceito de treinamento 10-20-30”. O 10-20-30 consiste em corrida de baixa de intensidade de um quilômetro, seguida por 3 a 4 blocos de 5 minutos de corrida, intercalados por 2 minutos de descanso.
Esses blocos são compostos por 5 intervalos de um minuto, divididos em 30, 20 e 10 segundos de corrida em baixa, moderada e máxima intensidade, respectivamente. Ou seja:
1 quilômetro de aquecimento

Bloco 1
10 segundos de corrida de alta intensidade
20 segundos de corrida de intensidade moderada
30 segundos de corrida de baixa intensidade (toda a sequência 5 vezes)
Descanso de 2 minutos
Bloco 2
Idem bloco 1
Bloco 3
Idem bloco 2
Com isso, é necessário apenas 30 minutos de treino por dia, e já é possível ter um significativo aumento de desempenho, por exemplo, em corridas longas, como de 5 quilômetros. E, o melhor, a saúde melhora também.
O estudo

18 corredores moderadamente treinados participaram da pesquisa. Ao longo de sete semanas praticando o novo método “10-20-30”, os atletas melhoraram o desempenho em uma corrida de 1.500 metros em 23 segundos, e o desempenho em uma corrida de 5 quilômetros em quase um minuto, mesmo treinando apenas metade do tempo que costumavam treinar antes.
O bem-estar emocional dos participantes também aumentou, conclusão feita a partir de questionários que eles responderam antes e depois do período de 7 semanas. No geral, os pesquisadores descobriram uma redução do estresse emocional nos corredores treinando com o novo método.

Os atletas 10-20-30 também exibiram menor pressão sanguínea e menor colesterol no sangue. “Ficamos muito surpresos ao ver uma melhoria no perfil de saúde, considerando que os participantes já treinavam há anos”, disse o autor do estudo, Jens Bangsbo. “Os resultados mostram que o treinamento muito intenso tem um grande potencial para melhorar o estado de saúde de atletas já treinados”.[ScienceDaily, LifeHacker, NewsMedical]imagem retirada da web.

Você se sente sozinho ou sozinha?



Quando você está passando por um mau momento, você se sente sozinho? Saber que outras pessoas estão passando pela mesma coisa faria você se sentir melhor? Desabafar poderia te aliviar?
Segundo o psicólogo social e professor da Universidade Stanford (EUA) Gregory Walton, criador da “intervenção do pertencer”, sim. Saber que você não está sozinho e que outros passam pela mesma coisa tem o poder de fazer as pessoas acreditarem no melhor.

Essa técnica tem o objetivo de transformar os eventos negativos na vida de uma pessoa ao transformar a “culpa” que ela acha que tem (de que o problema é culpa dela, ou só acontece com ela) em um sentimento de pertencimento (de que ela faz parte de um grupo de pessoas que passou pelo mesmo problema e o superou).

Desde 2007, pesquisadores estudam a eficácia da “intervenção do pertencer” nas pessoas. Os cientistas explicam que a vontade de pertencer a um grupo social é um desejo inerente ao ser humano, primordial, fundamental para a nossa sensação de felicidade e bem-estar.
Como teorizou o sociólogo Max Weber, a sensação de “pertencimento” significa que precisamos sentir que “pertencemos” a tal lugar, e ao mesmo tempo sentir que esse tal lugar nos pertence, pois só assim acreditamos que podemos interferir e, mais do que tudo, que vale a pena interferir na rotina e nos rumos desse tal lugar. O que isso significa?
Que nós não queremos ficar sozinhos. Que temos mais vontade de viver e fazer algo na vida quando “pertencemos”.

Ter o sentimento de que “pertencemos” a algo (compartilhamos interesses e aspirações com outras pessoas) é uma grande alavanca psicológica que nos torna mais motivados.
O contrário também é válido: pessoas que se sentem sozinhas podem ser totalmente desestimuladas. Estudos indicam a solidão afeta até mesmo o desempenho em testes. A falta de companhia humana pode tão fazer mal a uma pessoa, que não afeta apenas a saúde mental, mas a física.
Por exemplo, sentir-se isolado e desconectado das pessoas ao seu redor pode impedir que você tenha uma boa noite de sono. Também, pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA) descobriram que existe uma relação direta e biológica entre a solidão e a queda da qualidade nos indicadores de saúde, aumentando risco de morte. Outro estudo indicou que a solidão é mais perigosa para a saúde do que estar acima do peso ou fumar.
Você é mais do que apenas uma pessoa no mundo

E como a intervenção do pertencer funciona? Basicamente incentivando as pessoas a contarem suas histórias.
“Ao colocar essas experiências em uma ‘caixa’, com um começo, um meio e um fim, o significado da experiência negativa é limitado, e as pessoas entendem que quando coisas ruins acontecem, não é só com elas, elas não estão sozinhas, e que é algo que passa”, explica Rajita Sinha, chefe do Centro de Estresse da Universidade Yale (EUA).

Em dois estudos, Gregory Walton e outros pesquisadores apresentaram estatísticas, citações e histórias de pessoas com experiências similares (das dificuldades que tiveram no começo, mas acabaram superando) aos participantes da pesquisa, que tiveram que usar essas informações para escrever sobre suas próprias dificuldades e como elas poderiam melhorar.
Como esses estudos foram feitos em um ambiente universitário, os participantes acreditavam que estavam lendo histórias de seus veteranos, e que escreveriam para os próximos calouros, um público com quem eles podiam se relacionar e se preocupar.
A ideia era de que eles se envolvessem com o material e o usassem para refletir sobre suas próprias experiências, finalmente chegando à conclusão de que não importa o quão ruim elas sejam, eles não estão sozinhos.

A intervenção foi de apenas 45 minutos, mas os resultados foram significativos e duradouros: aumentou a felicidade dos indivíduos, melhorou sua saúde e reduziu a ativação cognitiva de estereótipos negativos durante vários anos após a intervenção inicial. Também impediu que as pessoas tomassem as adversidades diárias pessoalmente, interpretando as como um sentimento de “não pertencer” (“é minha culpa e só acontece comigo”).
A pesquisa teve um efeito particularmente dramático no desempenho dos alunos, especialmente estudantes de minorias, e mulheres em cursos esmagadoramente dominados por homens. A disparidade de desempenho acadêmico entre eles diminuiu.
As minorias podem se sentir tradicionalmente marginalizadas e menos valorizadas, o que pode levar a uma sensação de não pertencer. A intervenção fez com que eles melhorassem sua autoestima, e em consequência, seu desempenho acadêmico.
Um dos estudos envolveu calouros afro-americanos e brancos em uma universidade predominantemente branca. Os estudantes minoritários, depois da intervenção, constantemente melhoraram suas notas até o fim do último ano.

O segundo estudo envolveu mulheres em um ambiente de engenharia predominantemente masculino. A intervenção aumentou a capacidade das mulheres de lidar com estressores diários, e elas desenvolveram uma melhor autoestima e mais amizades com seus colegas do sexo masculino.
Então, como se sentir menos solitário? É só parar de pensar nas suas experiências apenas “do lado de dentro”. A gente costuma “guardar” para gente as coisas ruins, e não sabemos que muitos estão passando pela mesma situação.
É nessas horas que vale a pena pegar um papel e uma caneta e “por isso para fora”, refletir. Ao contar sua história, você vai entender que existem muitos outros por aí com o mesmo problema. Você não está sozinho.
Que tal começar a fazer isso hoje? [CNN, ESMPU, foto de Tania Little]imagem da web.

O que o sol pode fazer com você!


Depois de passar 28 anos na boleia do caminhão, o homem da foto acima viu os efeitos do sol marcarem literalmente sua pele: aos 69 anos, ele tem o lado esquerdo do rosto visivelmente mais envelhecido.

Pesquisadores da Universidade de Northwestern, em Chicago, estudaram os efeitos da exposição solar sofrida pelo caminhoneiro por anos a fio. O resultado foi publicado no New England Journal of Medicine.

"Os raios UVA foram transmitidos através do vidro da janela, penetrando a epiderme e as camadas superiores da derme", escreveram os médicos Jennifer Gordon e Joaquin C. Brieva. Segundo os especialistas, a exposição crônica a esses raios pode resultar no espessamento da epiderme, do estrato córneo e na destruição das fibras elásticas.

Ao contrário dos raios UVB, os raios UVA atingem a pele no inverno e no verão de maneira bastante semelhante. "Embora a exposição à radiação UVB esteja ligada a uma maior taxa de fotocarcinogênese, os raios UVA também têm promovido mudanças substanciais no DNA, levando à formação de câncer de pele", completaram os especialistas. Além de uso de retinóides e filtro solar diário, os médicos recomendaram o monitoramento periódico do paciente para detecção de possível câncer.( várias fontes na internet )